A pandemia trouxe a oportunidade de o Brasil focalizar, simplificar e tornar a política social do País mais eficiente. Hoje, os mais necessitados de proteção são os trabalhadores informais. Há boas propostas sobre a mesa.
O Brasil de raízes coloniais e escravistas naturalizou em sua sociedade características dificilmente aceitáveis. Até os anos 90 (entre vinte e trinta anos atrás), por exemplo, era naturalizado que ¼ das crianças de 7 a 14 anos não frequentasse qualquer instituição de ensino, assim como metade dos adolescentes de 15 a 17.
Da mesma forma, até 2019, aceitava-se naturalmente que 15% das crianças brasileiras entre 0 e 14 anos vivesse abaixo da linha da pobreza do Banco Mundial, de US$ 1,90 por dia – isto é, pouco mais do que R$ 150 por mês –, mais que o dobro da média geral (6,6%).
A pobreza na pandemia
Apesar de ter destruído mais de 10 milhões de empregos, dos quais 2 milhões com carteira assinada no setor privado, a pandemia, também fez com que o governo aprovasse o Auxílio Emergencial, o maior programa social já realizado em um determinado espaço de tempo. No último mês de agosto, a proporção da população vivendo abaixo da linha da pobreza chegou a 2,3% – não chegando a 3,5% para crianças de 0 a 14 anos.
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Fonte: VirtúNews
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