Entrevistas

“Teto sempre foi pensado para uma transição”, diz Elena Landau, sobre exceção para ciência

Economista da campanha de Simone Tebet diz que a regra fiscal deveria ser chamada de “vinculação de despesas”, em vez de teto de gastos

O Antagonista

Responsável pelo programa de governo de Simone Tebet (MDB), a economista Elena Landau falou a O Antagonista sobre como vai funcionar a proposta da presidenciável de retirar do teto de gastos os investimentos em ciência e tecnologia. 

A candidata propõe retirar os R$ 10 bilhões de recursos destinados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) da regra do teto. O Congresso, durante os anos de Michel Temer, aprovou a emenda constitucional que criava o teto para conter os gastos públicos.

“Nós vamos manter uma regra de controle de despesas, mesmo retirando do teto os recursos para a pasta. A nossa proposta é não contingenciar a ciência e a tecnologia”, disse a economista. Na avaliação dela, é necessário abrir espaço orçamentário por meio de investimentos privados e estimular a inovação. 

Ao ser questionada sobre a possibilidade de mais um furo no teto, a economista disse que o “apelido” dado a ele deveria ser mudado para “regra de vinculação de despesas”. 

“O teto sempre foi pensado para uma transição. Precisamos estabilizar a questão fiscal no país para avançarmos nas outras áreas. Os outros candidatos [Lula, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes] consideram a questão [fiscal] secundária, nós não”.

Link da publicação: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/elena-landau-explica-a-proposta-de-tebet-que-retira-ciencia-e-tecnologia-do-teto/

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