Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (1.º), o ex-ministro da Fazenda avaliou que “a meta da dívida é inviável na prática”
CNN Brasil
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (1.º), o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou que a formulação de uma nova âncora fiscal — necessária após o estouro no teto de gastos com a PEC da Transição — deverá estar atrelada à contenção de despesas do governo, e não a uma meta da dívida pública.
“Acho que a meta da dívida é inviável na prática e, se for colocada, vamos perceber isso com o correr do tempo”, declarou ele.
“A dívida pública é influenciada pela taxa de juros, e não só a do Banco Central, mas a que é paga pelo Tesouro Nacional no mercado. O governo não controla essa taxa. Vamos supor que a insegurança aumente em um determinado momento, a taxa de juros suba e estoure o teto. O governo vai fazer o quê? Não vai pagar os juros?”
Na visão de Meirelles, o governo federal deve estabelecer metas quanto ao que controla, “e o que ele controla são as despesas”.
“Qualquer medida de âncora fiscal, seja o atual teto, seja outro com quaisquer mudanças, tem que ser feita sobre despesas, e não sobre dívidas.”
O ex-ministro da Fazenda também comentou sobre a tramitação da PEC da Transição no Congresso Nacional, indicação de nomes a ministérios vinculados à Economia e se cogita, ou não, integrar o novo governo.
Confira a entrevista na íntegra no vídeo.
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