Economista avalia que o recuo de Fernando Haddad sobre a proposta foi certeiro, mas não seria necessário se governo discutisse propostas com o mercado antes de anunciá-las
Estadão
Ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse em entrevista exclusiva à coluna que discorda do uso do IOF como saída para equilibrar as contas públicas.
“A carga tributária no Brasil já é muito elevada – muito elevada principalmente entre os países emergentes. Usar o IOF para tentar arrecadar mais é inadequado. O Executivo tem uma política expansionista. Mas é preciso haver um corte de despesas”, afirmou, em conversa com a coluna nesta segunda-feira durante evento do Grupo Lide.
Meirelles avalia que o recuo de Fernando Haddad sobre a proposta foi certeiro, mas não deveria ser necessário. “O ideal é discutir com o mercado antes de anunciar a medida. Não anunciar, ver as reações e voltar atrás”, avalia.
Apesar da crítica à gestão petista, Meirelles poupou o ministro da Fazenda. “Haddad tenta fazer o melhor possível, tendo muita dificuldade e muita divergência interna no governo. É uma posição muito difícil, mas minha impressão é que ele se esforça para fazer o melhor”, declarou.
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