Segundo o ex-ministro da Fazenda, o Estado têm contado com fatores que contribuem para o crescimento, entre eles a transição energética e o maior consumo doméstico
Valor
Segundo o diretor de estratégia econômica e relações com o mercado do Banco Safra, Joaquim Levy, o Brasil e especialmente o Rio de Janeiro têm contado com fatores que contribuem para o crescimento, entre eles a transição energética e o maior consumo doméstico. “Tenho falado que se pudermos aproveitar bem, toda essa pauta sobre transição energética abre oportunidades para o Brasil como vimos há 20 anos com a China”, disse o executivo em fórum da Associação Comercial do Rio de Janeiro. “O Brasil e o Rio de Janeiro estão muito bem colocados para isso, com tudo o que temos na área de energia, o projeto da Prumo no Porto do Açu e as iniciativas do Norte Fluminense.”
O ex-ministro da Fazenda afirma que o Rio de Janeiro une vetores de conhecimento, de pesquisa e o setor energético, o que encaminhará o Estado para o crescimento: “Junta isso a toda a parte da cultura, não dá para ser pessimista sobre o Rio. São poucos Estados que têm essa possibilidade.”
Levy aponta que no cenário macroeconômico a “inflação continua dando boas notícias”. “O petróleo subiu, mas devemos continuar com processo de desinflação, o que vai permitir que o Banco Central continue a trajetória de baixar os juros. Com isso, vamos ver o crédito familiar crescendo no ano que vem à medida que destrava o crédito. Temos a discussão do programa Desenrola, que vai muito bem. Para a população de menor renda, isso faz uma diferença enorme.”
O Banco Safra projeta crescimento econômico de 2,5% para o ano que vem, segundo o diretor da instituição.
“Para o ano que vem, nosso cenário é que a política monetária siga o percurso que o BC sinalizou. Começa a destravar o crédito, dar fôlego ao consumo. Assim o empresário pensa mais em investimentos, com o setor externo mais resiliente. Isso nos dá tranquilidade. Não é um crescimento extraordinário, mas avançamos paulatinamente.”
Segundo Levy, os investimentos vão intensificar em 2025 e “muitos investimentos virão da transição energética”.
Quanto à reforma tributária, o ex-ministro se diz otimista. “Estou confiante. A reforma é indispensável. Vai simplificar a vida do empresário depois do período de transição. Essa Reforma também é muito importante para voltar a atrair investimento estrangeiro ao Brasil.”
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