Luiz Fernando Figueiredo fala sobre a decisão do BC de aumentar a taxa básica de juros para 14,25%, maior patamar desde governo Dilma.
CBN
Confirmando a previsão estipulada pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual. Com isso, a Selic passa de 13,25% para 14,25% ao ano – maior nível desde outubro de 2016.
Com o resultado, o índice se iguala à crise econômica enfrentada pela ex-presidente Dilma Rousseff, antes do impeachment. É o quinto aumento consecutivo da Selic e o segundo com Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central, indicado pelo presidente Lula.
Sobre este assunto, o Jornal da CBN, recebeu Luiz Fernando Figueiredo, Presidente do Conselho da Administração da JiveMauá e Ex-Diretor do Banco Central (BC). Em entrevista a Mílton Jung e Cássia Godoy, o especialista afirma que o aumento de juros é consequência de más práticas do governo federal:
“O Banco Central está tendo que subir os juros a um nível absurdamente elevado. Ele simplesmente está fazendo isso por uma consequência de más práticas que o governo tem adotado. Para ficar assim, muito objetivo o que estou querendo dizer: Nós precisamos moderar o crescimento. Se a gente conseguir moderar o crescimento, a pressão inflacionária vai arrefecer e a inflação vai para a meta. Tudo certo. E, para fazer isso, o Banco Central sobe os juros. Acontece que, do outro lado, enquanto a gente tem que moderar a atividade, do outro lado o governo está fazendo um monte de medidas para acelerar a atividade. Então, é como se você estivesse dentro de um carro que você precisa reduzir a velocidade para não bater na curva.”
Ouça a entrevista completa.
Link da publicação: https://cbn.globo.com/economia/entrevista/2025/03/20/ex-diretor-do-bc-diz-que-aumento-de-juros-e-consequencia-de-mas-praticas-do-governo-federal.ghtml
As opiniões aqui expressas são do autor e não refletem necessariamente as do CDPP, tampouco as dos demais associados.