Entrevistas

Eduardo Giannetti: por que pensar na morte é um convite à vida

Brazil Journal

Antes de se tornar economista, professor e imortal da Academia Brasileira de Letras, Eduardo Giannetti sonhava em ser filósofo. E poeta. Sua trajetória mistura essas três dimensões — uma transição que, em outros tempos, não seria surpresa: “Os grandes economistas dos séculos XVIII e XIX eram filósofos”, lembra.

No The Business of Life, em uma conversa intimista com Nilton Bonder, Giannetti leva o papo para um território profundo: a finitude humana. E provoca: “Se ao nascer soubéssemos quantos anos viveríamos, abriríamos a caixa ou preferiríamos não saber?”

Seu livro mais recente, Imortalidades, nasceu de quatro décadas de anotações sobre o desejo humano de se perpetuar e os limites da existência. Nele, Giannetti explora quatro formas de lidar com a morte: prolongar a vida, acreditar em uma existência além, construir um legado ou buscar o “presente absoluto” — aqueles momentos tão intensos que fazem o tempo quase desaparecer.

Aos 68 anos, ele fala sobre o tema com serenidade. Se antes via a morte como um simples fim biológico, hoje admite: “A ignorância infinita desconcerta o saber finito.”

Além do livro, a entrevista passeia por outros temas, como a matematização da economia, os limites da filosofia diante do poder e a experiência de Giannetti como conselheiro em campanhas políticas. Ao final, ele resume o que aprendeu ao longo da vida: “Nada é grandioso sem paixão. Mas não faça da paixão um critério de verdade.”

Link da publicação: https://braziljournal.com/eduardo-giannetti-por-que-pensar-na-morte-e-um-convite-a-vida/

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