O Programa de Responsabilidade Social propõe um redesenho dos programas sociais para que eles sejam mais eficientes na redução da pobreza e da desigualdade de renda. O projeto foi coordenado pelos economistas Vinícius Botelho, Fernando Veloso e Marcos Mendes. O trabalho contou com patrocínio do CDPP e apoio de Elena Landau.
A nova configuração da política social pressupõe a fusão do Bolsa Família com programas de desenho antiquado e baixa capacidade de redução de pobreza: o salário-família, o abono salarial e o seguro-defeso. De acordo com o estudo, o Programa de Responsabilidade Social mostrou-se superior em relação a outras propostas em discussão, tanto na capacidade de combate à pobreza quanto na ampliação do público coberto. Dizem os pesquisadores: “Estimamos redução entre 11% e 24% da pobreza atual só com o redesenho da estrutura de benefícios, sem orçamento adicional. Além disso, do total de famílias vulneráveis atualmente fora da estrutura de proteção social, 95% passariam a ser atendidas”.
Segundo os autores do trabalho, existem amplas evidências quantitativas de que os programas a serem fundidos ao Bolsa Família têm capacidade praticamente nula de reduzir a pobreza e a desigualdade. Além de manter a cobertura à parcela mais carente dos beneficiários atuais, esse redesenho permitirá alcançar pessoas hoje desprotegidas e mais necessitadas.
“O resultado será um maior poder de redução da pobreza e da desigualdade. Vale lembrar que o bem-sucedido Bolsa Família nasceu da fusão de diversos programas assistenciais em 2003”, afirmam os autores.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Artigo
Autores: Vinícius Botelho, Fernando Veloso, Marcos Mendes, Anaely Machado e Ana Paula Berçot
Estudo completo
Autores: Vinícius Botelho, Fernando Veloso, Marcos Mendes, Anaely Machado e Ana Paula Berçot