Entrevistas

Elena Landau: ‘Quem entrar receberá um país com uma verdadeira herança maldita’

Marie Claire

Elena Landau não tinha “intimidade alguma” com Simone Tebet quando foi convidada pela candidata à presidência pelo MDB a construir o programa econômico de seu governo. Mas ouviu o que precisava para aceitar imediatamente o convite: “Pensamos parecido. Você também é uma liberal na economia com um olhar forte para o social”. É assim que Elena quer ser reconhecida, como uma economista que acredita que o bem maior de um Estado é o seu povo, e que esse deve ter oportunidades para ser o que bem entender.

Por ora, e aos olhos da mídia, ela mantém a pecha de “musa das privatizações”, adquirida na década de 1990 graças a sua passagem pela direção de Desestatização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). E gosta do legado, só não acha que ele pode sozinho definir por inteiro quem é hoje. “Saí do BNDES em 96, sou outras coisas na vida.” Inclusive mãe, esposa (do quinto marido, o cineasta Miguel Faria), advogada especialista em regulação, consultora de gestão de futebol e botafoguense apaixonada – do tipo que não perde uma partida no estádio.

Filha de um engenheiro e de uma professora de matemática e costureira, Elena e os três irmãos foram amparados pela melhor educação que uma família de classe média do Rio de Janeiro podia arcar. “Meus pais tinham isso como prioridade. Todo o esforço foi para que a gente estivesse nos melhores colégios”, conta. O investimento na formação pavimentou o caminho dos filhos. Tanto Elena quanto os irmãos são bem-sucedidos em suas escolhas profissionais. “Reconheço meus privilégios, mas também meus esforços. Para a gente, foi a soma das duas coisas.”

Graduada e mestre em economia pela PUC-RJ, foi indicada por seus professores, os economistas André Lara ResendePérsio Arida e Edmar Bacha, para assessorar Tasso Jereissati na presidência do PSDB, aos 32 anos. Aos 34, se tornou assessora da presidência do BNDES e aos 35, diretora do Programa Nacional de Desestatização do Banco durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Ao longo de sua trajetória, ainda integrou o conselho de empresas como a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Vale e Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e presidiu o da Eletrobras no governo de Michel Temer.

Nos anos 2000, foi trabalhar na gestão de times de futebol. “Onde mais sofri machismo”, lembra. Ali, teve a voz e a carreira questionadas, quase foi agredida fisicamente e perdeu as contas das vezes em que foi invalidada apenas por ser mulher. Na economia e na política, o machismo apareceu disfarçado, mas não ausente. Para sua sorte, foi criada para ser igual aos seus três irmãos, o que acredita, talvez a tenha livrado de sentir algumas violências muito próprias de ambientes majoritariamente masculinos.

A criação que teve também fez da economista uma mulher que pode fazer escolhas que, sabe, “nem toda mulher pode fazer”. Elena pediu demissão sempre que quis, transicionou de carreira, atuou em áreas dominadas por homens e transitou por elas sem grandes entraves, casou-se cinco vezes, criou o único filho sem precisar abrir mão de suas ambições profissionais, renegou o rótulo de feminista quando conseguia sublimar as opressões de gênero que poderiam atravessá-la. Agora, aumenta o tom ao se dizer feminista e consciente da importância da interseccionalidade quando o assunto é a vida das mulheres.

Nestas páginas, Elena conta de suas origens, da carreira multifacetada e da maternidade. Responde o que pensa atualmente sobre privatização; explica o seu liberalismo; comenta a volta da inflação em patamares de 10% e sobre economia do cuidado. Por fim, dá seu prognóstico a respeito do Brasil de 2023, pós-eleição presidencial.       

MARIE CLAIRE Na época do BNDES, chamavam você, entre outras coisas, de musa das privatizações. Ainda faz sentido associar seu nome à privatização?
ELENA LANDAU 
Gostaria que não, porque parece que minha carreira parou em 96. De lá para cá fui estudar Direito, me tornei advogada especializada em regulação, tenho toda uma carreira nessa área, ganhei prêmios. Por outro lado, é sinal de que deixei um legado, é a marca de um processo que decolou, se institucionalizou e ao qual dei uma cara. Quando pedi demissão do BNDES, a manchete do Correio da Manhã era “Cai a carrasca das estatais”. Achei o máximo. Tinha esse jornal até hoje. E não é que caí, pedi demissão, estava cansada e não me dava bem com o presidente, o ministro Carlos Mendonça de Barros. A questão da privatização também mudou. Depois do Petrolão, infelizmente ela volta ao debate pelo motivo errado, que é para defender as empresas da corrupção. Melhor vender do que roubar e coisas do tipo.

MC Qual é seu pensamento hoje sobre a privatização?
EL
 É parte essencial da reforma do Estado. Por que preciso gastar energia, dinheiro e recursos humanos com algo que o setor privado pode fazer? O Estado tem que focar toda a atenção dele no social, não na produção. Se no início dos anos 1990 a gente usou recursos da privatização para abater dívida pública, agora tem que usar para o social. Tirar criança da rua, combater insegurança alimentar, olhar a participação das mulheres no mercado de trabalho. O verdadeiro patrimônio de um país é sua população com maior qualidade de vida.

MC Quero falar da sua família. O que faziam os seus pais?
EL
 Meu pai era engenheiro de obras públicas. Minha mãe estudou matemática, mas largou no meio. Foi uma mulher brilhante, inteligentíssima, que depois foi trabalhar com moda. Deu aula de costura para completar a renda de casa. Ela é que fazia as roupas da gente. Tinha um bom gosto excepcional, isso puxei dela. Até entrar para o governo, quando precisei usar roupas mais de executiva, ela que fez tudo. O vestido que usei na posse do Fernando Henrique [Cardoso] foi ela que costurou. Lá em casa a prioridade na educação sempre foi clara. Nos gastos, no orçamento familiar, nas escolas que os meus pais escolhiam. Sou a mais moça de quatro irmãos, são três homens e eu. E, apesar de a minha mãe ter abandonado a faculdade para cuidar dos filhos, meus pais nunca me trataram diferente dos meus irmãos.

MC E, entre os filhos, você foi a que chegou mais longe profissionalmente?
EL
 É difícil dizer isso, cada um escolheu uma coisa. Meu irmão mais velho, o Luís, tem doutorado, pós-doutorado, é professor, um cientista reconhecido. Trabalha na área de cálculo estrutural em petróleo, dá palestras no mundo todo. O segundo escolheu trabalhar na iniciativa privada, terminou a carreira dele na Light em todas as posições que podia estar. O terceiro resolveu ser empreendedor imobiliário. Como acabei entrando para a política, trabalhando com o PSDB, tive um destaque mais midiático.

MC Sua mãe precisava ajudar no orçamento mesmo com a carreira do seu pai?
EL 
Precisava. Éramos quatro filhos. A gente não tinha esse negócio de casa fora, nunca passou férias em lugar nenhum. Não vou reclamar da minha vida, a gente sempre morou em Ipanema, meu pai ganhou um apartamento do meu avô, que tinha uma empresa de engenharia que depois faliu. Se a gente não tivesse aquele apartamento próprio, não sei se teria tido condições de manter uma moradia na Zona Sul. Hoje me pergunto como é que conseguiram. Porque se você imaginar uma escola privada na Zona Sul do Rio de Janeiro, atualmente vai custar dois, três mil reais. Imagine com quatro filhos.

MC Foi interessante descrever a situação financeira da sua família até para falarmos de classe média. O que é ser classe média no Brasil hoje?
EL
 Comparado com o que vivi, a classe média brasileira atual não pode pensar em ter quatro filhos numa escola particular. Agora no Brasil, com a volta da inflação em patamares de 10%, onde é que está pegando? No orçamento familiar, no custo de vida, na alimentação, na energia elétrica. E daí você junta com a questão do desemprego, que vem desde 2016 muito alto, e a pandemia, a gente está numa situação social terrível.

MC Quanto às populações mais vulneráveis, estamos falando de um cenário de fome e insegurança alimentar. Como cuidar disso?
EL
 O Brasil é bom em programas de transferência de renda, mas a gente não quer depender só de transferência de renda, a gente quer que o cidadão seja cidadão. O cidadão sem saúde, educação e saneamento é o quê? Ter que escolher qual refeição vai fazer é desumano. O grande desafio, de qualquer pessoa, economista ou não, é resolver a situação social gravíssima do Brasil.

MC Como foi parar na política?
EL
 Virei assessora do Tasso [Jereissati] com 32 anos. Foi minha primeira experiência com política. Nessa época, o [Fernando] Collor era o presidente da República, havia aquela discussão de ele começar a perder a credibilidade por tudo que a gente já sabe… Ele convida o PSDB para ir para o governo, e o Tasso desde o início diz que não. O Collor acaba renunciando e Itamar [Franco] assume. O PSDB não tinha nada com o Itamar, até que o Itamar indica o Fernando Henrique para ministro da Fazenda. E a ideia inicial era que o Tasso preparasse um programa de governo para que em 94 concorresse à presidência da República. Eu fazia essa ponte entre o PSDB lá na cúpula da presidência e os chamados economistas tucanos, Edmar Bacha, Pérsio Arida e o André Lara Resende. Quando o Fernando Henrique vira ministro da Fazenda, o Tasso me liga e, com toda a integridade e ética, diz: “Elena, agora a vez é do Fernando Henrique. Então você larga o trabalho que está fazendo para mim, vai para Brasília e vamos montar uma equipe para o Fernando Henrique dar certo”.

MC Na universidade, o seu partido era o PSDB?
EL 
Comecei meu interesse político no PT, porque quando a gente sai da ditadura e vai pra abertura, na minha idade ninguém podia querer ser Arena ou MDB. E o PT apareceu como novidade, ainda que seja sindicalista. Fiquei no PT desde a fundação até 1982. Usava a estrelinha de plástico no peito. No doutorado no MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts], tinha um pôster do Lula no meu quarto com um verso da Rosa de Luxemburgo.

MC Sempre quis ser mãe?
EL
 Sempre. Eu tinha 25 anos, estava com o meu segundo marido. Esse filho que nasceu vai fazer 38 e tenho um neto de 5. Aos 28 casei pela terceira vez com um economista famoso, já faleceu, o Regis Bonelli. Tinha sido meu chefe, era meu amigo. E depois reencontrei com o Pérsio, que tinha sido meu professor, meu mentor, meu tutor no BNDES, e a gente casou. Foi meu casamento mais duradouro, 18 anos.

MC O que seu filho faz?
EL
 É economista, tem uma asset que chama Vista Capital. Ele foi fazer tudo que eu esperava que não fizesse. Nunca gostei do mercado financeiro, mas ele tinha essa vocação desde pequeno. Uma vez fui dar uma palestra em Nova Iorque e levei ele comigo. Ele tinha 11 anos. Perguntei: “O que você quer fazer aqui?” Respondeu: “Quero ir para a Bolsa de Valores”.

MC Que liberalismo é esse do qual a Simone falou quando fez o convite a você?
EL
 Esse liberalismo amplo que a gente defende tem na agenda econômica a menor participação do Estado na economia, um liberalismo de liberdade econômica, abertura comercial, menor intervenção, Banco Central independente. Mas também nutre respeito à democracia representativa, que é de fato o berço do liberalismo. Depois, tem a igualdade de oportunidade. Os cidadãos têm que ter a oportunidade de exercer o desejo de ser o que quiserem. Não pode depender de marca de nascimento, nem do CEP. Estou falando de um liberalismo que pensa na mobilidade social e na inclusão, que cultua as artes, respeita a cultura como importante para a formação do cidadão. Quem ouviu Guedes e Bolsonaro falarem sabia que não eram liberais. Como é que defende a tortura e pode ser liberal? Isso é incompatibilidade total.

MC Paulo Guedes foi seu professor?
EL 
Infelizmente. No mestrado, me deu aula de matemática. Ele faltava a todas as aulas, chegava na prova e perguntava coisas que ele nunca tinha falado. O prazer dele era dar nota baixa para todo mundo. Não tem problema nenhum você dar nota baixa, a questão é que tem que ensinar a matéria, e ele não fazia. Ele é tão mau caráter que criou uma ideia de que não gosto dele porque ele me reprovou. Nunca fui reprovada na vida.

MC A Argentina tem pela primeira vez uma diretora nacional de Economia, Igualdade e Gênero dentro do Ministério da Economia, a Mercedes D’Alessandro, e ela é responsável pelo desenho de um orçamento com perspectiva de gênero com recursos que correspondem a 15% do orçamento total, e 3,4% do produto interno bruto do país. O que pensa sobre isso?
EL 
Não conheço muito a Mercedes porque toda vez que olho a economia da Argentina fico assustada esperando que o Brasil não chegue lá. Olha, o grupo mais vulnerável no Brasil é o de mulheres negras. A gente tem o problema da interseccionalidade racial. O importante é ter um programa de combate à pobreza, à vulnerabilidade, porque quando você atinge as camadas mais vulneráveis da população, acaba ajudando as mulheres negras pobres.

MC Há economistas, principalmente as mais debruçadas sobre gênero, que dizem que há um desbalanço entre o trabalho das mulheres e dos homens, por conta das jornadas contínuas que elas exercem. Essas economistas dizem que vai muito além do trabalho doméstico – consideram até o sexo nessa conta. Dizem que esse trabalho do cuidado deveria ser incluído no PIB. O que pensa sobre isso?
EL 
É muito difícil incluir no PIB, como quantificar esse trabalho? Não sou especialista em estatísticas nem em contas públicas, não posso nem imaginar como a gente conseguiria chegar lá [incluir no PIB]. O que posso dizer é que cada vez mais a discussão de PIB tem essa questão do bem-estar social, da qualidade de vida. Por outro lado, as profissões da economia de cuidado, que geralmente são informais e de baixa remuneração, recaem mais sobre as mulheres. Precisamos formalizar o trabalho feminino, incentivar o mercado formal. Porque no mercado formal, ainda que com regras flexíveis, tem a cobertura de seguridade, de licença-maternidade, licença-doença, coisas que no mercado informal não se tem. Há hoje uma discussão na reforma tributária e previdenciária de como incorporar esses trabalhos de diaristas ou de pequenas cuidadoras na formalização e na proteção de seguridade assistencial. Raras pessoas assinam carteira de diaristas, de pessoas que servem a sua casa. Muitas dessas mulheres estão fora do sistema de seguridade do país.

MC Pensando que as mulheres sempre são as que vão cuidar do lar, da família, que têm tanto um trabalho físico, quanto emocional… Aliviar a população feminina desse fardo é uma missão do Estado?
EL 
O Estado pode prover licença-parental, formalização do trabalho da mulher, independência financeira, cobertura assistencial, acolhimento às denúncias de violência. O filme A Filha Perdida trouxe a discussão sobre se a mulher tem direito ou não de abrir mão daquele papel [de mãe]. Você viu o que teve de julgamento sobre aquela protagonista? A Filha Perdida traz essa questão da pressão do amor pelos filhos, você é obrigada a querer ser mãe, a querer cuidar, a abrir mão do seu doutorado para o seu marido brilhar.

MC Você precisou fazer esse tipo de concessão?
EL 
Não. As pessoas perguntam: “Você se sente uma mulher independente?” Sou uma mulher independente porque sou financeiramente independente. Troquei de emprego sempre que quis, de marido, mudei de apartamento, assumi a educação do meu filho.

MC Algum caso de machismo marcou sua trajetória?
EL
 Comecei a pensar em fazer reestruturação de gestão de futebol logo que saí da desestatização. Sempre gostei de futebol, frequento os estádios desde garota, minha família toda é botafoguense. Essa tradição continuou, vou com meu neto, meu filho, futebol é uma coisa importante na minha vida. Mas os cartolas usaram o fato de eu ser mulher para me diminuir. “Não sabe o que é uma bola, não sabe o que é impedimento”.

MC Mas isso faria diferença no que você ia fazer?
EL 
Nenhuma, mas diziam “a pessoa que não entende de futebol não pode falar de gestão, porque perde o significado da essência do próprio futebol”. É uma besteira, porque, primeiro, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Segundo, entendo de futebol, por acaso. Tive uma briga que ficou famosa com Eurico Miranda [ex-presidente do Vasco] em um evento sobre profissionalização do futebol, feito pela Fundação Getúlio Vargas. Ele começou a me desmoralizar, a dizer que eu não sabia de nada, me interrompeu. Vi que ele não ia parar e falei “o senhor espera eu terminar”. Ele continuou com agressão e perguntei: “Quem é o senhor?”. Pedi para se identificar. Foi uma técnica que usei, sabia muito bem quem era ele. E aí ele perdeu completamente o rumo, porque como alguém poderia não saber quem ele era? E partiu para cima de mim.

MC Ele foi agredi-la?
EL 
Veio com o dedo em riste, empurrou cadeiras. Tiveram que segurar ele. Aí veio outro cara que era presidente da Federação, dizendo que eu tinha que voltar para o fogão. Fui de uma geração em que ouvir piadinhas fazia parte da vida, a gente pensava “não vamos perder tempo com isso”. Tive um chefe que dizia “trabalha feito mulher e ganha feito homem”. Quando ele terminou a frase, pedi demissão. Teve um emprego em que deixei de ser promovida porque era mulher. Sou de uma geração que durante muito tempo não quis comemorar o Dia Internacional da Mulher. A gente achava que queria ser igual, sabe? Não queria um dia especial. Hoje sou super a favor. Acho que o Dia Internacional da Mulher é um momento da gente discutir desigualdade.

MC Uma mulher na economia que admira e por quê?
EL
 Deirdre McClouskey, uma transexual que saiu da Universidade de Chicago. Ela é uma das maiores vozes liberais do mundo hoje.

MC Com o atual índice de inflação que estamos batendo, qual o cenário para 2023?
EL
 A gente está falando de 2023 quando nem sabemos como vamos atravessar 2022. Quem entrar vai receber um país com uma verdadeira herança maldita. Bolsonaro e Guedes exageraram nos erros. O Ministério da Educação não fez nada para organizar um estudo híbrido, para aumentar a digitalização e diminuir as diferenças entre escola pública e privada. Boicotou, no caso. Então, você teve um atraso do aprendizado ainda maior do que o esperado. Saímos da pandemia com uma desigualdade maior, porque serviços públicos falham para quem mais precisa. No trato do meio ambiente, afastam investimento. Porque hoje em dia a agenda ESG [Environmental, Social, and Corporate Governance] é importante, então investidores não podem colocar dinheiro em um país que não está comprometido com a preservação ambiental, com a descarbonização. Temos um governo que estimula o garimpo ilegal.

Então, ainda que o resto do mundo esteja passando por alguma crise, a gente teve mais elementos de piora do quadro. Em 2022, temos a perspectiva de uma mudança. Se for um candidato com um programa econômico sólido, com responsabilidade fiscal e social que dê garantia de uma institucionalidade mais estável, mudamos todo esse pessimismo. Podemos ver o real menos desvalorizado, taxas de juros se acomodando e um alívio na inflação e, certamente, uma atração de investimentos com a mudança da agenda climática. A gente pode ser otimista desde que o Bolsonaro não seja reeleito.

Link da publicação: https://revistamarieclaire.globo.com/Feminismo/Politica/noticia/2022/06/elena-landau-quem-entrar-recebera-um-pais-com-uma-verdadeira-heranca-maldita.html

As opiniões aqui expressas são do autor e não refletem necessariamente as do CDPP, tampouco as dos demais associados.

Sobre o autor

CDPP