Infomoney
O economista Marcos Mendes diz que em termos de peso de despesa do Orçamento do governo federal, cerca da metade está nos benefícios sociais e previdenciários, como aposentadoria, pensão, auxílio-doença etc.
Especialista em finanças públicas e política fiscal, ele diz que é preciso fazer uma reforma nessa parte para se ter o impacto fiscal significativo no Orçamento. Marcos Mendes participou do episódio 271 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter.
Ele cita o caso do abono salarial, que é pago para as pessoas que ganham até dois salários mínimos e estão no mercado formal. “O pobre não está no mercado formal, está desempregado e tem renda menor que o salário mínimo.”
“Nós temos um certo cinismo social e político no Brasil que todo mundo aponta para o benefício do outro. O benefício do outro é ruim e o meu é direito adquirido.”
Para uma mudança significativa de mentalidade, o economista vê a necessidade de cada um dar sua cota de “sacrifício”, embora ache isso “muito difícil”.
“Então não vejo outro modelo se não uma percepção eminente e concreta (de risco) para as pessoas mudarem de posição”, completa.
Link da entrevista em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=7uDbhjprR18&t=3s
Link da publicação: https://www.infomoney.com.br/mercados/da-para-reduzir-gasto-publico-sem-prejudicar-o-pobre-diz-marcos-mendes/
As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as do CDPP, tampouco as dos demais associados.